Os links são um dos pilares fundamentais da web desde a sua criação por Tim Berns-Lee no CERN em 1989. São conhecidos também como hiperlinks e revolucionaram como interagimos com os conteúdos na web.
O WWW (World Wide Web) nasceu como um sistema de informação para resolver um desafio específico no CERN - a Organização Europeia de Investigação Nuclear..
O problema era complexo:
Como armazenar, atualizar e encontrar documentos em um ambiente dinâmico? Além de distribuí-los para colaboradores externos?
A solução pensada foi criar uma forma de conectar os documentos diretamente no texto.
Os links, permitem que qualquer pessoa navegue em diferentes documentos e recursos.
Isso estabeleceu as bases da web moderna, onde bilhões de página estão conectados por links.
Nas próximas seções, vamos explorar:
Como criar links;
Como garantir a acessibilidade;
Dicas para copywriters.
Vamos lá!
Como criar links?
O elemento <a>
com o atributo href
cria uma hiperligação em algumas situações, como:
Páginas web;
Arquivos;
Endereços de e-mail;
Ligação na mesma página;
Endereços de URL.
Ele pode receber diversos atributos como: download
, href
, hreflang
, ping
, referrerpolicy
, rel
, target
e dentre outros.
Sua estrutura básica é formada como no código abaixo:
<a href="contato.html">Fale conosco</a>
Esse exemplo não possui nenhum problema, todos os elementos necessários estão presentes.
Mas nem tudo são flores, é muito comum vermos exemplos, como:
<a href="<https://twitter.com/obrunopulis>">
<i class="fa fa-twitter"></i>
<a>
Esse tipo de abordagem pode dificultar bastante a experiência do usuário.
Para memorizar
O conteúdo em um link deve indicar seu destino, mesmo descontextualizado.
Como garantir acessibilidade?
Para garantir a acessibilidade um link, devemos seguir os dois critérios da WCAG:
Vamos imaginar um exemplo, uma sessão de um blog contendo as três últimas postagens.
Cada uma com um link de “Leia o texto”, qual o problema com essa abordagem?
Pessoas que utilizam leitores de telas podem navegar por atalhos, e um deles são os links.
Nesse cenário, ela não teria contexto do que o “leia o texto” indica, a primeira pergunta seria “leia o texto, mas qual texto?”
Para resolver esse problema, podemos optar por três abordagens:
Modificar o texto do link para dar maior compreensão do contexto;
Adicionar um atributo aria para complementar a informação;
Inserir uma informação somente para o leitor de telas.
Vamos explorar essas abordagens:
Modificar o texto do link
Nem sempre essa abordagem é possível, mas se você tiver liberdade pode modificar o texto “Leia mais”, por algo mais contextual.
Por exemplo:
Leia o texto sobre as medalhas olímpicas.
Adicionar um atributo ARIA
Uma solução que pode ser elegante é o uso do atributo, aria-label
ele funcionará como um complemento do link.
Podemos fazer algo como:
<a href="noticia-1.html" aria-label="Leia o texto sobre as medalhas olímpicas">Leia o texto</a>
O atributo aria-label
, irá sobrescrever o conteúdo textual “Leia o texto”. O usuário de leitor de telas irá escutar a seguinte informação: leia o texto sobre as medalhas olímpicas.
Atributos ARIA devem ser a última opção, somente em caso extremamente necessários.
Inserir informação sobre para o leitor de telas
Essa abordagem é a minha preferida e menos instrutiva que a anterior.
Com essa técnica o conteúdo visual permanece “Leia o texto”, porém, o leitor de telas recebe um contexto.
A solução seria:
<a href="noticia-1.html" aria-label="Leia mais sobre as medalhas olímpicas">
Leia o texto
<span class="visually-hidden">sobre as medalhas olímpicas</span>
</a>
Usamos um elemento <span>
dentro do link com uma classe que oculta a informação visualmente e disponibiliza somente para o leitor de telas.
Elegante, chique e rebuscada.
Com poucos ajustes conseguimos disponibilizar informações equivalentes para todos.
Viva a acessibilidade.
Dicas para copywriters
Como tinha dito no início dessa edição, vou dar algumas dicas para meus amigos copywriters.
Ao redigir um texto publicitário para um lançamento, landing pages, anúncios ou até uma newsletter lembre-se:
Evita ao máximo as iscas e ganhos para links, como:
“Saiba mais”;
“Clique aqui”;
“Veja aqui”.
O link deve ser autoexplicativo, ou ter um contexto. Dessa forma, garantimos a acessibilidade para todos.
São Ogilvy agradece e os milhares de brasileiros com algum tipo de deficiência também.
E lembre-se, usamos acessibilidade todos os dias só não percebemos.
Por hoje é só, espero que essa carta te ajude de alguma forma.
P.S: Compartilhe seu trecho favorito com @brunopulis no Instagram e me conte o que achou!
P.S.S.: em breve irei lançar um novo produto, fiquei de olho.
Grande abraço,
SDG.
Pulis